domingo, 4 de novembro de 2012

Professora Andrea Ramos: Enem 2012 - questões de filosofia e afins.

Professora Andrea Ramos: Enem 2012 - questões de filosofia e afins.: Algumas questões da prova de ciências humanas do ENEM de novembro/2012 eram sobre filosofia e focavam as ideias dos Pré-Socráticos, Platão, ...

Enem 2012 - questões de filosofia e afins.

Algumas questões da prova de ciências humanas do ENEM de novembro/2012 eram sobre filosofia e focavam as ideias dos Pré-Socráticos, Platão, Descartes, Maquiavel e também questões interdisciplinares que exigiram domínio de um vocabulário mas erudito, compreensão sobre as ações contra a discriminação negativa e o preconceito, sobre política, cultura e ideologia.
Abaixo estão os links das questões e gabarito não- oficial:
http://estaticog1.globo.com/2012/vestibular/enem/anglo/Q07.jpg
http://estaticog1.globo.com/2012/vestibular/enem/anglo/Q09.jpg
http://estaticog1.globo.com/2012/vestibular/enem/anglo/Q10.jpg
http://estaticog1.globo.com/2012/vestibular/enem/anglo/Q12.jpg
http://estaticog1.globo.com/2012/vestibular/enem/anglo/Q15.jpg
http://estaticog1.globo.com/2012/vestibular/enem/anglo/Q28.jpg
http://estaticog1.globo.com/2012/vestibular/enem/anglo/Q40.jpg
http://estaticog1.globo.com/2012/vestibular/enem/anglo/Q14.jpg
http://estaticog1.globo.com/2012/vestibular/enem/anglo/Q17.jpg
http://estaticog1.globo.com/2012/vestibular/enem/anglo/Q24.jpg

terça-feira, 5 de junho de 2012

Alunos da Segunda série - Lógica Clássica






Regras do Silogismo Categórico (regular):
O silogismo categórico regular tem só três proposições e somente três termos.
  O termo médio nunca pode entrar na conclusão.
 O termo maior é predicado na conclusão e o termo menor é sujeito da conclusão.
 4ª O termo médio tem que ter extensão universal pelo menos numa das premissas.
 5ª Nenhum termo pode ter maior extensão na conclusão do que nas premissas.
Regra da mais fraca: na conclusão segue-se a parte mais fraca:
a) proposição negativa é mais fraca do que a proposição afirmativa;
b) a proposição particular é mais fraca do que a proposição universal.
 7ª De duas premissas negativas nada se pode concluir (neste caso o termo médio não desempenha o seu papel de mediador entre os termos maior e menor).
De duas premissas particulares nada se pode concluir.
- porque, se as duas premissas são particulares afirmativas, desrespeita-se a regra que exige que o termo médio seja tomado pelo menos uma vez universalmente.
- porque, se uma das premissas particulares é negativa, embora o termo médio seja tomado universalmente como predicado da negativa, acontece que o termo maior irá ter na conclusão maior extensão do que na premissa, o que é ilegítimo.
- porque, se as duas premissas particulares são negativas, desrespeita-se a regra segundo a qual nada se pode concluir de duas premissas negativas.


Identidade cultural - Primeira série de sociologia


Sociologia – 1ª. Série do ensino Médio
Os dois relatos abaixo mostram que todos os povos criam sua cultura que os identifica e os diferencia dos outros; mostram também que os valores são criações socioculturais e, por isso, são aprendidos e não heranças genéticas.

CULTURA
Certa vez, o governo do estado da Virgínia, nos Estados Unidos, sugeriu a uma tribo de índios que enviasse alguns de seus jovens para estudar nas escolas dos brancos. Na carta-resposta, o cacique indígena Seattle recusa:
“Nós estamos convencidos, portanto, de que os senhores desejam o nosso bem e agradecemos de todo coração. Mas aqueles que são sábios reconhecem que diferentes nações têm concepções diferentes das coisas e, sendo assim, os senhores não ficarão ofendidos ao saber que a vossa ideia de educação não é a mesma que a nossa.
Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formados nas escolas do Norte e aprenderam toda a vossa ciência. Mas, quando eles voltaram para nós, eram maus corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportar o frio e a fome. Não sabiam como caçar o veado, matar o inimigo ou construir uma cabana, e falavam nossa língua muito mal. Eles eram, portanto, totalmente inúteis. Não serviam como guerreiros, como caçadores ou como conselheiros.
Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e, embora não possamos aceitá-la, para mostrar a nossa gratidão concordamos que os nobres senhores de Virgínia nos enviem alguns de seus jovens, que lhes ensinaremos tudo o que sabemos e faremos deles homens.”.
(citado por Carlos Rodrigues Brandão, O que é educação, p. 8-9).

“Há alguns anos, conheci em Nova York um jovem que não falava uma palavra em inglês e estava evidentemente perplexo com os costumes americanos. Pelo “sangue”, era tão americano como qualquer outro, pois seus pais eram de Indiana e tinham ido para a China como missionários.
Órfão desde a infância, fora criado por uma família chinesa, numa aldeia perdida. Todos os que os conheceram o acharam mais chinês do que americano. O fato de ter olhos azuis e cabelos claros impressionava menos que o andar chinês, os movimentos chineses dos braços e das mãos, a expressão facial chinesa e os modos chineses de pensamento.
A herança biológica era americana, mas a formação cultural foi chinesa. Ele voltou para a China.”.
(KLUCKHOHN,  Clyde. Antropologia – uma espelho para o homem).

Professora Andrea Ramos: Ética (Terceira série do ensino Médio - Segundo bimestre)

Professora Andrea Ramos: Ética (Terceira série do ensino Médio - Segundo bimestre)

Professora Andrea Ramos: Ética (Terceira série do ensino Médio - Segundo bi...

Professora Andrea Ramos: Ética (Terceira série do ensino Médio - Segundo bi...: Ética Liberdade e determinismo Na mitologia, grega várias narrativas expressam a crença em um destino inexorável que, por mais que s...

Ética (Terceira série do ensino Médio - Segundo bimestre)


Ética

Liberdade e determinismo
Na mitologia, grega várias narrativas expressam a crença em um destino inexorável que, por mais que se fuja dele, não é possível escapar dos eventos já reservados para a vida de cada um. Algumas vezes, como ocorreu com Édipo Rei, isso se mostra de mostra de forma bastante cruel: Édipo faz de tudo para não cumprir o destino vaticinado pelo oráculo de matar o próprio pai e de se casar e ter filhos com a própria mãe, mas parece que todos os seus atos o levam justamente ao encontro do que não podia deixar de acontecer. O destino se cumpre justamente quando Édipo pensa ter conseguido escapar dele. Ao perceber seu fracasso, Édipo, completamente frustrado e desgraçado, fura os próprios olhos para não mais vislumbrar o que a vida odienta lhe reservara. Aí todos percebem que não controla a própria vida, que não há liberdade absoluta.
Outras figuras gregas ligadas à fatalidade da vida são as três Moiras (“destino”): Cloto, a fiandeira, tece os fios dos destinos humanos; Láquesis, a sorte, coloca o fio no fuso e Átropos, a inflexível, corta o fio da vida de cada mortal.
Analisando a história de Édipo e das Moiras, percebemos que não há como pensar em sujeito moral, responsável pelos seus atos já que tudo em sua vida ocorre à revelia de sua vontade. As ações humanas nas mãos do destino ou da fatalidade não são autônomas. Então o indivíduo não deveria responder pelos seus atos pois está limitado à heteronomia (normas dadas por outros).
Ao contrário do sujeito autônomo, o ser determinado é levado a agir de alguma maneira por coação, por obrigação, por desejos, por impulsos, por necessidade, sem poder interferir, sem poder escolher. Esse ser é causado por fatores alheios a sua vontade, ou melhor, ele não tem vontade própria.
Determinismo científico
Tudo na natureza tem uma causa, todos os fenômenos naturais são percebidos pelo ser humano como sendo regidos por leis causais (causa e efeito). Assim, na natureza não há liberdade, há necessidade.
Necessidade se opõe a contingência, que significa “o que pode ser de um jeito ou de outro”. O conhecimento científico não pode ser construído sobre fatos isolados, contingentes, que não seguissem ordenação alguma. Seria impossível fazer previsões e mesmo definições. Não haveria certezas ou verdades definitivas. Se é que elas existem (a história das ciências está repleta de exemplos que mostram o caráter relativo e histórico da verdade).
As ações humanas e o determinismo
Estender a lei da causa e efeito ás ações humanas significa afirmar que tudo o que se faz é determinado por algo estranho à vontade do ser humano, ou que o conteúdo da vontade e razão não estão juntas, sendo o conteúdo da vontade intangível ao controle da razão.
Seria o caso do determinismo dos desejos inconscientes, da genética, dos fatores sócias, fatores climáticos, etc. A literatura do século XIX e as hipóteses psicológicas, psiquiátricas e políticas dão exemplos da crença nesses determinismos, que culminam no preconceito, no etnocentrismo, na criação de estereótipos e estigmas que segregam e inferiorizam indivíduos e grupos.
São exemplos o machismo, o racismo, o preconceito de gênero, de origem, o preconceito social, o estabelecimento do que é normal e do que é patológico, a criminalização da pobreza, enfim a percepção social negativa de indivíduos de acordo com teorias pseudocientíficas ultrapassadas.

Alguns ditados e ideias populares ilustram bem esses determinismos:
“Filho de peixe, peixinho é”; “Quem sai aos seus não degenera”; “Pau que nasce torto, morre torto”; “Mulher no volante, perigo constante”; “Homem não chora”; “Quem vive com porcos, farelo come”,...

Os valores sociais e culturais são condicionantes sim, os herdamos ao nascermos e sermos criados dentro de uma determinada sociedade e grupo já organizados. Contudo, saber que podemos saber, perceber que nossas ações sofrem influências diversas, que somos seres sociais e não indivíduos isolados na natureza, que os valores que cultivamos são criações humanas e não naturais, torna possível a ruptura com esses mesmos valores e a escolha de outros rumos. É a própria consciência dos diversos pretensos determinismos que pode conduzir o ser humano à liberdade de ação e à responsabilidade, pois fica claro que não há como não ser um ser social.



quarta-feira, 11 de abril de 2012

Aulas em ppt

Na página Aulas em ppt eu coloquei os slides que exibi em 11/04/2012 que servem como revisão parcial do tema Estética.Acessem a página do blog.

terça-feira, 10 de abril de 2012

quinta-feira, 22 de março de 2012

Alunos do segundo ano do C.E. Olga Benário Prestes - 1o. Bimestre

Abaixo está o resumo do capítulo do livro e as atividades do próprio livro que fixam o tema.
Capítulo 9 e p. 238 e 239 do livro Fundamentos de Filosofia (Gilberto Cotrim)
O conhecimento – produto da ação de conhecer; conjunto de saberes adquiridos.
Gnosiologia – campo de estudos filosóficos que se dedica à questão do conhecimento – Teoria do conhecimento, epistemologia.
Concepção básica e comum de conhecimento – apresentação verídica ou adequada de algo (o objeto) ao pensamento (sujeito).
Ou seja, meu pensamento é capaz de fazer uma representação mental, ou de corresponder, ao real que se apresenta para mim.
Nossa razão nos possibilita essa correspondência, mas, conforme os céticos apontaram, as certezas podem ser arbitrárias ou probabilidades; como apontaram Descartes e mesmo Platão, podemos estar nos iludindo, tomando aparências como essências.
O processo do conhecimento
Alguns filósofos perceberam que era preciso, antes de qualquer coisa, entender a própria capacidade de conhecer, a razão, saber seus limites, antes de aderir a qualquer resposta.
Desde a antiguidade o conhecimento é um problema para os filósofos:
·         Como é a atividade do sujeito em relação ao objeto?
·         Qual é a origem ou a fonte do conhecimento, a razão ou os sentidos?
·         Como dados da sensibilidade se transformam em idéias, juízos?
·         Que objetos podemos conhecer? Por que alguns podemos pressupor, mas não conhecer realmente?
Na Idade Moderna, com Descartes, Locke,Kant e Hume, a teoria do conhecimento torna-se um campo central da filosofia, mesmo que antes disso, todos os filósofos já tivessem questionado o que se pode conhecer e qual a fonte do conhecimento.
Representacionismo – entende o conhecimento como uma correspondência entre objeto e pensamento. Então, conhecer seria representar na mente o que está fora da mente. Essa representação seria fiel ao objeto representado.
A mente seria um espelho da natureza.
Atividade do livro: exercício p. 157. Quadro de René Magritte, “A condição humana”.
Relação sujeito-objeto
No representacionismo há dois pólos no processo de conhecimento:
Sujeito (a nossa mente, nossa consciência) e objeto (o mundo, a realidade)
- A representação que fazemos do que chamamos real, é verídica? Há um real fora de nós para ser representado?
Realismo
A percepção que temos do objeto é real, ou seja, corresponde de fato ao objeto que existe fora da mente.
O senso comum é realista, mas trata-se de um realismo ingênuo: nossa razão ou sentidos é capaz de captar imediatamente as características do objeto. O objeto se desvela como realmente é para o sujeito. Isto é conhecimento.
Idealismo
Ao invés do objeto ser determinante, como no realismo, no idealismo é o sujeito quem predomina no processo de conhecimento.
Nossa consciência produz uma percepção da realidade, então os objetos são “construídos” de acordo com a capacidade de percepção do sujeito.
Assim, não se tem certeza do objeto e sim da representação que o sujeito faz do objeto.
Atividade do livro - Conversa filosófica – p.158
Qual doutrina faz mais sentido para você, a realista ou a idealista? Por quê?
As fontes primeiras do conhecimento - razão ou sensação?
De onde se originam as idéias, os conceitos, as representações? Como chegam à mente? São inatas ou adquiridas?
Racionalismo – Razão
Confia exclusivamente na razão para conhecer a verdade.
Segundo Descartes (1596-1650), os sentidos nos enganam às vezes, então não se pode confiar neles como fonte de conhecimento verdadeiro. O que engana uma vez pode enganar outras vezes.
Os sentidos são confusos, relativos, subjetivos, captam somente partes da realidade, já a razão trabalha com princípios lógicos imutáveis e quando conclui algo, essa verdade é universalmente válida.
Os princípios lógicos são inatos (princípio da identidade, do terceiro excluído, da não-contradição e da causalidade). E se já estão na mente do ser humano desde o nascimento, determina que a razão é a fonte básica do conhecimento.
Empirismo
Empeiria – experiência
Todas as ideias são provenientes da experiência e das nossas percepções sensoriais (os cinco sentidos).
John Locke (1632-1704): “Nada vem à mente sem ter passado antes pelos sentidos”.
Nossa mente, ao nascermos, é um papel em branco, segundo Locke. É a experiência que supre a mente de idéias.
As duas operações da experiência são: Sensação (que leva para a mente as diversas percepções das coisas e depende dos sentidos) e Reflexão (operação interna da mente, desenvolvendo as idéias fornecidas pelos sentidos).
David Hume (1711-1776) afirmava que tudo o que percebemos são impressões (dados fornecidos pelos sentidos) e idéias (representações mentais derivadas das impressões).
Toda idéia é uma representação de alguma impressão.
Através da crença ou do hábito somos levados a tirar conclusões gerais como se fossem conclusões necessárias. Contudo, tudo o que conseguimos num raciocínio indutivo são probabilidades.
Atividade do livro - Conversa filosófica – p.240
Criticismo ou apriorismo kantiano
Kant, (1724-1804) buscou um meio termo entre as duas visões opostas anteriores.
Todo conhecimento começa com a experiência, mas somente a experiência não leva ao conhecimento.
O sujeito organiza os dados da experiência; esse sujeito é a priori (anterior a qualquer experiência, senão não poderia organizá-la)
O sujeito possui faculdades ou estruturas a priori que são as formas da sensibilidade e do entendimento que possibilitam a experiência e o entendimento.
A experiência fornece a matéria e a razão organiza essa matéria e acordo com as estruturas acima citadas.
Atividade do livro P.160
1. Explique o significa afirmar que ao nascermos, nossa mente é como um papel em branco.
O que podemos conhecer? Somos capazes de conhecer a verdade? É possível conhecer o ser em si ou somente o ser para mim?
Dogmatismo filosófico
Acredita que a razão é capaz de apreender a realidade tal como ela é, que é possível conhecer a verdade absoluta e, sobretudo, não se parte de um questionamento dos limites e possibilidades da razão.
Dogmatismo ingênuo – no senso comum; confia plenamente nas possibilidades do conhecimento, seja pela razão, seja pelos sentidos, embora não saiba explicar como e por que.
Dogmatismo crítico – confia que por meio de um método adequado, racional, o ser humano é capaz de conhecer a realidade verdadeira.
Ceticismo
Duvida ou nega a possibilidade de conhecermos a verdade.
Ceticismo absoluto – o sofista Górgias e filósofo Pirro seriam representantes do ceticismo radical; negam a possibilidade do conhecimento verdadeiro, inclusiva negam que haja uma verdade absoluta para ser conhecida.
Segundo Pirro os sentidos podem nos induzir ao erro, mas a razão também é limitada, visto que existem opiniões contrárias sobre os mesmos assuntos, impedindo que tenhamos certeza de algo.
Ceticismo moderado
Nega apenas parcialmente a nossa capacidade de conhecer a verdade.
O subjetivismo considera o conhecimento algo subjetivo e pessoal. O representante desse ceticismo seria Protágoras que afirmava que o homem é a medida de todas as coisas, isto é, a verdade é uma construção humana.
O relativismo entende que as verdades são relativas ao tempo e ao espaço, a um contexto histórico.
O probabilismo entende que não somos capazes de atingir a certeza, apenas verdades prováveis.
O pragmatismo afirma que a verdade é o que é útil, que serve aos interesses das pessoas em sua vida prática.
Atividade do livro - Conversa filosófica p. 163 - 3. e leitura dos textos de Descartes e de Hume.


Para os alunos do segundo e do primeiro ano do Olga Benário

2º. Ano – 1º. Bimestre
Da Consciência crítica à sabedoria – p.78 a 83 do livro Fundamentos  de Filosofia (Gilberto Cotrim)
Consciência filosófica – tornar a pessoa mais consciente e conduzir a vida de forma mais sábia e feliz.
Terá sido preciso incorporar a as práticas do estranhamento, da dúvida, do questionamento e do dialogo à sua maneira de observar e se relacionar com o mundo e consigo mesmo. Isso é a Atitude Filosófica.
Atitude filosófica – fundada no senso crítico ou atitude crítica
Crítico – julga e avalia uma idéia com cuidado e profundidade, buscando as origens, validade, coerência, etc.
A consciência filosófica é uma consciência crítica, inclusive faz de si objeto de análise filosófica.
O senso crítico pode ser desenvolvido.
É preciso começar examinando as noções do senso comum presentes em nossa vida.
Senso comum – opiniões e valores que se tornam consensuais e acabam sendo percebidos como verdadeiros naturais e necessários.
O senso comum é transmitido através das conversas distraídas da vida cotidiana, é passado de geração para geração, através dos meios de comunicação de massa.
O senso comum é um conjunto de generalizações, opiniões subjetivas, cujas origens já foram perdidas de vista.
Muitas frases feitas e ditados populares que são encarados como verdades ou sabedoria popular pela maioria, são concepções do senso comum e, frequentemente, expressam um preconceito ou conhecimento infundado.
Independente de alguma idéia do senso comum ser verdadeira ou eficiente, ela se caracteriza por sua falta de fundamentação. São idéias repetidas irrefletida e automaticamente.
A Consciência crítica pode ser desenvolvida – reconhecer que estamos cercados por ideias, valores preestabelecidos, transmitidos e acolhidos sem análise e sem crítica, nos torna mais atentos e investigativos.
Uma consciência crítica realiza um diálogo interno onde o objeto de análise crítica é a própria consciência.
No processo de conscientização podemos destacar dois movimentos da consciência:
·         consciência de si – consciência focada nos próprios estados interiores do sujeito: é  a reflexão. Através da tomada de consciência de si constroem-se a interioridade, a subjetividade e a identidade.
·         Consciência do outro – consciência focada nos objetos exteriores. A atenção (um dos processos mentais) alcança a alteridade, isto é , a dimensão do outro, sem contudo, ser o outro, ou a objetividade.
A consciência direta só temos de nossa própria interioridade; os outros, conhecemos observando sua conduta e seus discursos, mas não alcançamos sua interioridade.
A consciência se desenvolve a partir da reflexão sobre si mesma  e da atenção sobre o mundo. É preciso conjugar ambas para não haver perda de identidade pessoal ou formação de identidade egocêntrica ou narcisista.

terça-feira, 13 de março de 2012

Professora Andrea Ramos: Platão e Aristóteles - Mimeses e catarse

Professora Andrea Ramos: Platão e Aristóteles - Mimeses e catarse: Alunos de filosofia do Terceiro Ano: Abaixo segue um resumo, em forma de tópicos, sobre a arte como mimeses e a função catártica da arte...

Platão e Aristóteles - Mimeses e catarse

Alunos de filosofia do Terceiro Ano:
Abaixo segue um resumo, em forma de tópicos, sobre a arte como mimeses e a função catártica da arte para Aristóteles. Depois há um resumo da tragédia grega Medéia e da tragédia grega Édipo, que analisaremos segundo a concepção de Aristóteles de catarse.

Arte e imitação
ü  Platão condena as belas-artes e a poesia.
ü  Em Atenas, Platão está cercado por obras arquitetônicas, como o Parthenon, os teatros, e por pinturas e esculturas.
ü  Os atenienses recebem uma educação que induz á admiração de Homero e Hesíodo
ü  Da cidade ideal de Platão estão expulsos os poetas e a pintores
ü  Belas-artes não é uma expressão da época de Platão
ü  Arte era tekhné: arte da tecelagem, arte de governar, arte da dialética.
ü  Pintura, poesia e música não são definidas pela expressão da beleza.
ü  Segundo Platão, a beleza não se encontra nas obras de arte.
ü  Arte repousa na aparência sensível, na ilusão e no erro.
ü  A verdade é supra-sensível e a beleza deve ser uma verdade eterna e imutável.
ü  Definir a arte como mimese não é concebê-la como naturalista ou realista para Platão (já que elas não produzem ou representam a verdade).
ü  A idéia é fixa, permanente, em oposição ao devir que caracteriza os objetos do mundo sensível.
ü  Um objeto fabricado tem uma forma permanente que nos permite reconhecê-lo quando o vemos.
ü  Esse objeto, o utensílio, é fabricado pelo artesão (um operário do povo), que produz a obra a partir da idéia do objeto, Ele produz uma cópia, mas uma boa cópia presente aos nossos s sentidos.
ü  O pintor é comparado a um homem com um espelho que torna presente uma coisa, depois outra, e outra, sem, no entanto a fabricar como o artesão.
ü  O pintor produz a aparência das coisas.
ü  O artesão produz um análogo da idéia; o utensílio que produz não é a idéia verdadeira
ü  A pintura é por essência mimese porque imita a mimese artesanal. É mimese da mimese.
ü  Em ordem decrescente de verdade: a idéia de cama; a cama artesanal e a cama pintada pelo pintor. Mais ainda, o pintor está preso a um aspecto do objeto que vai reproduzir.
ü  O pintor pinta o real como ele aparenta ser (phantasma), produzindo um simulacro, um ídolo.
ü  Essa definição se estende à poesia e às outras artes (no sentido moderno de belas-artes).
ü  Assim, tekhné não é arte (no sentido moderno), é um saber-fazer.
ü  O que nós chamamos de belas-artes se define, para Platão, pela mimese que produz a aparência fixando-se em um só ponto de vista.
ü  O pintor não produz utensílios para o uso comum dos homens, como o faz o artesão. Ambos estão afastados da verdade, mas o pintor está muito mais distante.
ü  Platão ainda distingue as artes em artes de aquisição (caça, pesca,...) e artes de produção.
ü  As artes de produção se subdividem em produção de coisas reais e em produção de simulacros. Os simulacros imitam um objeto fabricado pelo homem.
ü  Há ainda a arte da cópia conforme e a arte da aparência ilusória. A cópia conforme reproduz com proporção o modelo (como as esculturas do corpo humano que obedecem a simetria, as dimensões reais – ideais).
ü  A arte da aparência ilusória é fantástica porque deforma proporções para que o ponto de vista do espectador seja privilegiado. Assim Platão condena a arte ilusionista e humanista de sua época.

Aristóteles e a catarse
ü  Catarse, segundo Abbagnano, seria a libertação do que é estranho à essência ou à natureza de uma coisa e que, por isso, a perturba ou corrompe;  Purgação.
ü  É com Aristóteles que o termo catarse vai ser usado para designar um fenômeno estético: libertação ou serenidade que a poesia, o drama e a música provocam no homem.
ü  A tragédia, por exemplo, seria uma imitação realizada por atores, sem ser em forma narrativa, e suscita o terror, a piedade, purificando tais afetos, nos espectadores.
ü  Após o espetáculo, os espectadores saem purificados, como que curados, pois seus afetos foram aplacados pelas cenas, como se eles, espectadores, vivenciassem o afeto através da encenação, sentindo, amando, odiando, através dos personagens e seus dramas e saindo do teatro leves como se tivessem se livrado de todo um peso e também da culpa de sentir vontade de fazer o que crê ser proibido e sequer ousa confessar para si mesmo.
ü  Nas tragédias gregas os afetos são fortes demais para serem compatíveis com a vida em sociedade e com a própria sobrevivência dos indivíduos. Se fossem vivenciados fora do espetáculo, as regras sociais seriam quebradas, a família não existiria, não haveria leis morais. Em lugar disso, parricídios, infanticídios por ciúmes, autopunição, incestos, traições, destinos inexoráveis.
ü  A poesia (falada e escrita como as epopéias homéricas e as tragédias e comédias encenadas nos teatros gregos) é imitação.
ü  A expressão, ou imitação, ocorre por meio das cores, figuras, ritmos, linguagem e harmonia.
ü  São imitados características, afetos e ações; enfim, os imitadores imitam homens que praticam alguma ação, homens melhores, piores ou iguais a nós.
ü  Imitação não significa a representação do que de fato acontece ou aconteceu; nomes e fatos podem ser fictícios, pode e deve haver fabulações.
ü  As tragédias imitam uma ação e também casos que suscitam terror e piedade pelo espetáculo cênico e também da conexão doa atos (forma e conteúdo), sobretudo nas ações paradoxais que são humanas e não obras do acaso.
ü  O herói trágico é, em geral, uma pessoa que não se distingue muito nem pela virtude e pela justiça e nem é um degenerado. Quando cai no infortúnio é por causa de algum erro (que pode ser uma penalidade que todos seus ancestrais e seus descendentes irão pagar).  Esse herói trágico é alguém que goza de boa reputação, prestígio, representa família ilustre e é uma vítima do destino (que tem motivos ), como Édipo. 



Medéia
Eurípides, dramaturgo grego, escreveu a peça Medéia no ano de 431 antes de Cristo. Naquela época o teatro era responsável pela construção e educação do homem grego, em particular do ateniense. As peças apresentavam discussões sobre os acontecimentos cotidianos dos atenienses, se baseando nos mitos.

A mulher tinha um papel particular na cultura ateniense que foi discutida de uma maneira bastante trágica nesta peça: O que poderia acontecer, se uma mulher coberta de emoção e paixão, sentimentos irracionais para os gregos, em oposição ao homem racional, decidisse resolver suas mágoas pelas próprias mãos?

A tragédia se passa em Corínto, cidade grega, local onde se refugiaram Medéia e seu marido Jasão após terem fugido da Cólquida, cidade situada no oriente e considerada bárbara, em oposição aos gregos civilizados. Jasão e Medéia foram parar em Iolco após a aventura conhecida como argonáutica, uma expedição onde o tio de Jasão, tendo roubado seu lugar no trono em sua cidade natal, Iolco, enquanto Jasão estava fora sendo criado pelo centauro Quíro, (o mesmo que educou Aquíles), o enviou a uma busca impossível por uma pele de carneiro de ouro, que pertencia à sua família e que havia sido roubado pelos bárbaros do oriente. Se conseguisse regressar com vida e com a pele, seu tio lhe devolveria o trono.

Assim Jasão organizou uma expedição que o levou à Cólquida. Lá ele conheceu Medéia com quem se casou. Devido a alguns acontecimentos dramáticos, ambos tiveram que fugir, e se estabeleceram em Corínto. A nutriz, mulher responsável pelos cuidados com as crianças começa a peça lamentando tudo o que aconteceu, pois agora Jasão largou Medéia e seus dois filhos para se casar com a filha do rei de Corínto, Creontes.

Medéia se sente abandonada, largada, humilhada depois de tudo que ela fez para ajudar o herói. Ela está totalmente desconsolada e a nutriz teme por ela. Teme que Medéia possa fazer algo drástico. Medéia se lamenta todos os dias, e nem a visão de seus filhos a anima e culpa principalmente a princesa de Corinto pelos seus sofrimentos. Suas palavras acabam chegando ao castelo real. Jasão volta para casa para conversar com Medéia, ele a avisa que continuando a falar contra a família real ela será expulsa de Corínto, o que Jasão acha justo, pois uma mulher como ela, bárbara, levada para a civilização e tendo filhos gregos teria que ser mais agradecida.

Medéia recebe a visita do próprio rei de Corínto, Creontes. Ele conhece bem os poderes de Medéia e teme pelo bem de sua filha e de si próprio. Assim ele a expulsa de seu reino. Medéia pede um dia, apenas um dia para poder se arrumar e encontrar um outro lugar onde ela possa estabelecer uma nova vida. Creonte concede esse dia. Porém é nesse dia, nesse único dia, que todos os acontecimentos terríveis acontecem.

Medéia era uma feiticeira conhecida em toda a Grécia pelos seus poderes. Ela recebe uma visita de Egeu, rei de Atenas, que procurava sua ajuda. Medéia promete ajudá-lo em troca de exílio. Depois de saber os sofrimentos que Medéia está passando, Egeu concorda. Medéia chama Jasão para uma conversa, e o convence que ela está arrependida pelas coisas que disse e pede para seus filhos poderem ficar com o pai, morando no castelo real. O que Jasão concorda feliz. Medéia manda por seus filhos presentes para a princesa, um véu e um diadema, presentes esses que serão a perdição total da família real, pois eles estão envenenados e matam não apenas a princesa que os colocou, mas também o rei de Corínto que tentou salvar sua filha.

Jasão corre para a casa de Medéia a procura de seus filhos, pois ele agora teme pela segurança deles, porém chega tarde demais. Ao chegar em sua antiga casa, Jasão encontra seus filhos mortos, pelas mãos de sua própria mãe, e Medéia já fugindo pelo ar, em um carro guiado por serpentes aladas que foi dado a ela por seu avô, o deus Hélios.

Não poderia ter havido vingança maior do que tirar do homem sua descendência.



Édipo

Composta por Sófocles, em data ignorada, e particularmente admirada por Aristóteles, esta obra-prima da tragédia grega, ilustra a impotência humana diante do destino.

A estória começa quando Édipo, príncipe de Corinto, é insultado por um bêbado, que o acusa de ser filho ilegítimo do Rei Políbios. Embora Políbios procure tranqüilizar Édipo, o príncipe, perturbado, recorre ao Oráculo de Píton, mais tarde conhecido como Delfos.

O oráculo evita responder à sua dúvida, mas dá a terrível informação de que Édipo está destinado a matar o pai e casar-se com a mãe. Como Édipo não tem a menor intenção de deixar que isso aconteça, ele foge de Corinto e vai para Tebas. E aí começa a tragédia.

Em uma encruzilhada, Édipo depara-se com uma carruagem. À frente vem o arauto, que ordena rudemente a Édipo que se afaste e tenta empurrá-lo para fora da estrada. O príncipe começa uma briga e termina matando todo mundo que nela se envolve. Inclusive o rei Laios de Tebas.

Após resolver o enigma da esfinge e salvar Tebas da maldição, Édipo é proclamado rei e casa-se com a viúva de Laios, Jocasta, mas sem saber que matara Laios.

Só depois que uma nova maldição cai sobre Tebas, maldição que seria afastada apenas quando o assassino de Laios fosse descoberto e expulso, é que os fatos vêm à tona, inclusive o fato de que os pais verdadeiros de Édipo são Laios e Jocasta.

Édipo não consegue suportar a verdade, arranca os próprios olhos e se exila; Jocasta se suicida.

Antes que Édipo tomasse a decisão de fugir da profecia do oráculo, quando ainda pensava que era filho do rei Pólibos, Laios, sua vítima e pai verdadeiro, já tinha cometido o mesmo erro em relação ao destino: Apolo havia advertido Laios de que seu próprio filho o mataria e desposaria a própria mãe, quando Édipo nasceu, o rei mandou perfurar com um cravo um dos pés da criança e abandoná-la em uma montanha. Mas o menino foi encontrado por um pastor e levado ao rei Políbios, que o adotou. Essa foi a origem da confusão de Édipo e foi daí que veio seu nome: "oidípous" que significa "pé inflamado".

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

conhecer X conhecido

"O conhecido, isto é, aquilo a que estamos habituados, de modo que não mais nos admiramos, nosso cotidiano, alguma regra em que estamos inserido, toda e qualquer coisa em que nos sentimos em casa: - como? Nossa necessidade de conhecer não é justamente essa necessidade do conhecido? a vontade de, em meio a tudo o que é estranho, inabitual, duvidoso, descobrir algo que não mais nos inquiete? E o júbilo dos que conhecem não seria precisamente o júbilo do sentimento de segurança reconquistado?(...) Erro dos erros! O familiar é o habitual; e o habitual é o mais difícil de "conhecer", isto é, de ver como problema, como alheio, distante, 'fora de nós'..." (Nietzsche - Gaia Ciência).

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Epicuro

"...a morte para nós não é nada, visto que todo bem e todo mal residem nas sensações, e a morte é justamente a privação das sensações. A consciência clara de que a morte não significa nada para nós proporciona a fruição da vida efêmera, sem querer acrescentar-lhe tempo infinito e eliminando o desejo de imortalidade..."
"...a morte não significa nada para nós, justamente porque, quando estamos vivos, é a morte que não está presente; ao contrário, quando a morte está presente, nós é que não estamos. A morte, portanto, não é nada, nem para os vivos, nem para os mortos..."
"O sábio...Assim como opta pela comida mais saborosa e não pela mais abundante, do mesmo modo ele colhe os frutos de um tempo bem vivido, ainda que breve".
"Nunca devemos nos esquecer de que o futuro não é nem totalmente nosso, nem totalmente não-nosso, para não sermos obrigados a esperá-lo como se estivesse por vir com toda a certeza, nem nos desesperarmos como se não estivesse por vir jamais."
(EPICURO, Carta sobre a felicidade, Editora Unesp).

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Aristóteles e a Eudaimonia

“... em nosso entender, o bem que apenas deve buscar-se por si mesmo é mais definitivo que aquele que se procura em vista de outro bem ... numa palavra, o perfeito, o definitivo, o completo, é o que é eternamente apetecível em si, e que nunca o é em vista de um objeto distinto dele. 
Eis aí precisamente o caráter que parece ter a felicidade; buscamo-la por ela e só por ela, e nunca com mira em outra coisa. Pelo contrário, quando buscamos as honras, o prazer, a ciência, a virtude, sob qualquer forma que seja, desejamos, indubitavelmente, todas essas vantagens por si mesmas; pois que, independentemente de toda outra consequência, desejaríamos cada uma delas; todavia, desejamo-las também com mira na felicidade, porque cremos que todas essas diversas vantagens no-la podem assegurar...
O meio mais seguro de alcançar esta completa noção é saber qual é a obra própria do homem. (...) Viver é uma função comum ao homem e às plantas, e aqui apenas se busca o que é exclusivamente especial ao homem; é por isso necessário pôr de lado a vida de nutrição e de desenvolvimento. Em seguida vem a vida da sensibilidade, mas esta, por sua vez, mostra-se igualmente comum a todos os seres - o cavalo, o boi, e em geral a todos os animais, tal como ao homem. Resta, portanto, a vida ativa do ser dotado de razão. Mas neste ser deve distinguir-se a parte que não possui diretamente a razão e se serve dela para pensar... E assim o próprio do homem será o ato da alma em conformidade com a razão...” (Aristóteles, in 'Ética a Nicômaco').

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Professora Andrea Ramos: Epicuro e Estóicos - A felicidade

Professora Andrea Ramos: Epicuro e Estóicos - A felicidade: A felicidade Epicuro e a Felicidade · Epicuro (341 – 271 a. C.) recomenda o caminho do prazer (hedonismo); · A felicidade...

Epicuro e Estóicos - A felicidade

A felicidade

Epicuro e a Felicidade
·         Epicuro (341 – 271 a. C.) recomenda o caminho do prazer (hedonismo);
·         A felicidade resulta da satisfação dos desejos;
·         No mundo tudo é material;
·         No ser humano tudo é sensação;
·         Ser feliz é sentir prazer;
·         Todos buscam o prazer e fogem da dor;
·         É preciso criar as condições para ter apenas prazer;
·         Prazer é ausência de dor.

    O que causa infelicidade – como ser feliz

·         Crenças e religiões causam angústias e infelicidade: fomentam o medo de punições e da intervenção divina na vida humana;
·         Compreender que tudo é matéria faz com que o medo dos deuses não tenha sentido;
·         Medo da morte (de um ente querido ou de si mesmo) traz angústia e infelicidade;
·         Compreender que a morte não é nada já que tudo é matéria e sensação e a morte leva à ausência de sensação;
·         Ter consciência disso tudo leva a viver essa vida que flui e a não querer o que não existe (imortalidade e infinitude);

Os desejos
·         É preciso e eliminar certos desejos e manter outros, mas de modo moderado;
·         Há desejos naturais e necessários: comer, beber e dormir.
·         Há desejos naturais e desnecessários: comer alimentos caros, dormir em lençóis de seda.
·         Há desejos não naturais e desnecessários: riqueza, fama e poder.
·         O melhor é querer o que é natural e necessário, com moderação;
·         Essa conduta não traz decepções.
·         Essa escolha é racional: escolher os prazeres mais duradouros e que encantem o espírito.
·         A escolha racional dos prazeres: autarquia.
·         Indiferença (felicidade suprema): ataraxia .





Os Estóicos e o amor ao destino

·         Felicidade é viver se acordo com a ordem cósmica do mundo;
·         É preciso amar o destino que está inscrito nessa ordem cósmica;
·         Se não sabemos qual é nosso destino, então devemos amar o acaso;
·         O “Kosmos” é composto de matéria e inteligência ativa (Providência);
·         A Providência pode ser associada a Deus, mas um Deus imanente que se confunde com a natureza;
·         Tudo o que acontece tem uma razão de ser, então tudo é necessário;
·         O que não pode deixar de ser deve ser percebido como bom;
·         O bem individual deve se submeter ao bem universal;
·         Ser feliz não é ter tudo o que se deseja (isso não se realizaria e não seríamos felizes);
·         Há coisas que dependem de nós e coisas que não dependem de nós;
·         Por exemplo: ser bom e generoso depende de nós, mas conquistar o ser amado não depende;
·         O ser humano é dotado de vontade: para querer ou não as coisas, embora possa ser obrigado a fazer o que não quer;
·         A felicidade está em querer somente o que depende de mim e o que me faz feliz.

Como agir:
·         Coisas boas: o que depende de nós e que nos fazem felizes;
·         Coisas más:  o que depende de nós mas não nos fazem felizes;
·         Coisas indiferentes: não dependem de nós e com elas não devemos nos preocupar, como a morte.
   Infelicidade:
·         Não evitar as coisas más e se preocupar com as coisas indiferentes.
  Objetivo dos Estóicos:
·         Apatia e ataraxia.
 Amor Fati:
·         Amor aos fatos, ao destino, ao acaso.
·         Tudo faz parte da ordem universal, por isso tudo o que acontece e que não depende do ser humano é bom.
·         Devemos querer o que somos, o que acontece, como se fosse também da nossa vontade;
·         Devemos afirmar a vida, que são os acontecimentos, e não renegá-la visando um mundo que não existe.


Quem sou eu

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Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Professora de filosofia e sociologia, graduada e licenciada pela UFRJ; fiz especialização em Filosofia Moderna e Contemporânea na UERJ e sigo estudando tudo o que me interessa e, infelizmente, trabalhando (trabalho-tortura)mais do que gostaria.