quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Aristóteles e a Eudaimonia

“... em nosso entender, o bem que apenas deve buscar-se por si mesmo é mais definitivo que aquele que se procura em vista de outro bem ... numa palavra, o perfeito, o definitivo, o completo, é o que é eternamente apetecível em si, e que nunca o é em vista de um objeto distinto dele. 
Eis aí precisamente o caráter que parece ter a felicidade; buscamo-la por ela e só por ela, e nunca com mira em outra coisa. Pelo contrário, quando buscamos as honras, o prazer, a ciência, a virtude, sob qualquer forma que seja, desejamos, indubitavelmente, todas essas vantagens por si mesmas; pois que, independentemente de toda outra consequência, desejaríamos cada uma delas; todavia, desejamo-las também com mira na felicidade, porque cremos que todas essas diversas vantagens no-la podem assegurar...
O meio mais seguro de alcançar esta completa noção é saber qual é a obra própria do homem. (...) Viver é uma função comum ao homem e às plantas, e aqui apenas se busca o que é exclusivamente especial ao homem; é por isso necessário pôr de lado a vida de nutrição e de desenvolvimento. Em seguida vem a vida da sensibilidade, mas esta, por sua vez, mostra-se igualmente comum a todos os seres - o cavalo, o boi, e em geral a todos os animais, tal como ao homem. Resta, portanto, a vida ativa do ser dotado de razão. Mas neste ser deve distinguir-se a parte que não possui diretamente a razão e se serve dela para pensar... E assim o próprio do homem será o ato da alma em conformidade com a razão...” (Aristóteles, in 'Ética a Nicômaco').

Quem sou eu

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Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Professora de filosofia e sociologia, graduada e licenciada pela UFRJ; fiz especialização em Filosofia Moderna e Contemporânea na UERJ e sigo estudando tudo o que me interessa e, infelizmente, trabalhando (trabalho-tortura)mais do que gostaria.