quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Epicuro e Estóicos - A felicidade

A felicidade

Epicuro e a Felicidade
·         Epicuro (341 – 271 a. C.) recomenda o caminho do prazer (hedonismo);
·         A felicidade resulta da satisfação dos desejos;
·         No mundo tudo é material;
·         No ser humano tudo é sensação;
·         Ser feliz é sentir prazer;
·         Todos buscam o prazer e fogem da dor;
·         É preciso criar as condições para ter apenas prazer;
·         Prazer é ausência de dor.

    O que causa infelicidade – como ser feliz

·         Crenças e religiões causam angústias e infelicidade: fomentam o medo de punições e da intervenção divina na vida humana;
·         Compreender que tudo é matéria faz com que o medo dos deuses não tenha sentido;
·         Medo da morte (de um ente querido ou de si mesmo) traz angústia e infelicidade;
·         Compreender que a morte não é nada já que tudo é matéria e sensação e a morte leva à ausência de sensação;
·         Ter consciência disso tudo leva a viver essa vida que flui e a não querer o que não existe (imortalidade e infinitude);

Os desejos
·         É preciso e eliminar certos desejos e manter outros, mas de modo moderado;
·         Há desejos naturais e necessários: comer, beber e dormir.
·         Há desejos naturais e desnecessários: comer alimentos caros, dormir em lençóis de seda.
·         Há desejos não naturais e desnecessários: riqueza, fama e poder.
·         O melhor é querer o que é natural e necessário, com moderação;
·         Essa conduta não traz decepções.
·         Essa escolha é racional: escolher os prazeres mais duradouros e que encantem o espírito.
·         A escolha racional dos prazeres: autarquia.
·         Indiferença (felicidade suprema): ataraxia .





Os Estóicos e o amor ao destino

·         Felicidade é viver se acordo com a ordem cósmica do mundo;
·         É preciso amar o destino que está inscrito nessa ordem cósmica;
·         Se não sabemos qual é nosso destino, então devemos amar o acaso;
·         O “Kosmos” é composto de matéria e inteligência ativa (Providência);
·         A Providência pode ser associada a Deus, mas um Deus imanente que se confunde com a natureza;
·         Tudo o que acontece tem uma razão de ser, então tudo é necessário;
·         O que não pode deixar de ser deve ser percebido como bom;
·         O bem individual deve se submeter ao bem universal;
·         Ser feliz não é ter tudo o que se deseja (isso não se realizaria e não seríamos felizes);
·         Há coisas que dependem de nós e coisas que não dependem de nós;
·         Por exemplo: ser bom e generoso depende de nós, mas conquistar o ser amado não depende;
·         O ser humano é dotado de vontade: para querer ou não as coisas, embora possa ser obrigado a fazer o que não quer;
·         A felicidade está em querer somente o que depende de mim e o que me faz feliz.

Como agir:
·         Coisas boas: o que depende de nós e que nos fazem felizes;
·         Coisas más:  o que depende de nós mas não nos fazem felizes;
·         Coisas indiferentes: não dependem de nós e com elas não devemos nos preocupar, como a morte.
   Infelicidade:
·         Não evitar as coisas más e se preocupar com as coisas indiferentes.
  Objetivo dos Estóicos:
·         Apatia e ataraxia.
 Amor Fati:
·         Amor aos fatos, ao destino, ao acaso.
·         Tudo faz parte da ordem universal, por isso tudo o que acontece e que não depende do ser humano é bom.
·         Devemos querer o que somos, o que acontece, como se fosse também da nossa vontade;
·         Devemos afirmar a vida, que são os acontecimentos, e não renegá-la visando um mundo que não existe.


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Quem sou eu

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Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Professora de filosofia e sociologia, graduada e licenciada pela UFRJ; fiz especialização em Filosofia Moderna e Contemporânea na UERJ e sigo estudando tudo o que me interessa e, infelizmente, trabalhando (trabalho-tortura)mais do que gostaria.